Ozônio nelas!

Outro dia observei um grupo de moças vindo de um clube. Eram cinco, duas delas com cabelos castanhos naturais e as outras três como manda a moda atual: cabelos alisados e pintados de loiro. Essas três estavam reclamando do cloro da piscina, que se não fosse lavado imediatamente, deixava os fios esverdeados. As duas morenas riam e se vangloriavam de não ter esse problema – apesar de admitirem que o cloro que coloria seus cabelos mas os deixava bastante ressecados.

E fiquei pensando: como isso é antigo! Desde meus tempos de criança que esse problema do cabelo verde existe… como não foi resolvido até hoje? E foi então que pensei: já foi resolvido sim, e faz tempo! No Brasil só está ficando popular agora mas, em países desenvolvidos, a água das piscinas são tratadas com ozônio e não com cloro. “Como é? Ozônio??”

Surpreendente

Nunca ouviu falar nisso? Na verdade, não é uma ideia muito difundida, mesmo. Quando pensamos em ozônio, só nos ocorre “aquele gás que fica na alta atmosfera barrando a radiação solar”, como aprendemos na escola. Mas o que não é tão difundido é que esse gás é uma beleza na desinfecção da água! Algas, microorganismos diversos, nada disso resiste mais que alguns segundos na presença do ozônio (já os humanos sim, é garantido). Ele inclusive é usado para a remoção de ferro e manganês da água, porque os oxida rapidamente. “Ah, mas e as poeirinhas disso aí, pra onde vão?” Ora… pra um filtro normal! Desse ponto pra frente, um bom filtro de polipropileno retém tudo o que o ozônio exterminou.

Mas voltando à piscina (quem me dera…), o ozônio é um tremendo tratamento para essas águas tão utilizadas. Se você já frequentou uma piscina de um clube e pouco asseado, notou que a água tinha um tom meio esverdeado – talvez até nos cantos dos azulejos. Aquilo são algas verdes que crescem quando encontram o meio ideal – água boa, sem muito tratamento, com bastante matéria orgânica pra se alimentar… aí dá nisso. E cloro não é uma coisa que se possa usar todos os dias, senão ninguém poderia nadar ali; por outro lado, às vezes a piscina é tão frequentada que uma dose semanal desse produto não dá conta de manter a água higienizada o suficiente.

É aí que entra a beleza do nosso gás de três moléculas de oxigênio! É só instalar um gerador de ozônio na sala de máquinas, fazer as conexões devidas para injetar o gás na água (contrate um especialista para isso, ok?) e pronto! Água tratada com perfeição, sem adição de produtos químicos e o mais legal: O CABELO NÃO FICA VERDE! E nada de ressecar a pele, também (lembra como ela fica áspera depois que seca?).

Outras vantagens

Existem mais motivos para deixar o cloro de lado e passar para o ozônio. A água clorada é altamente irritante para os olhos, por isso quem tem o hábito de abrir os olhos debaixo d’água enquanto nada sempre volta pra casa com eles vermelhos e ardidos – com o ozônio isso não acontece. Um engasgo acidental com água já é desagradável, mas engasgar com água clorada de piscina é mais complicado pois pode atacar os pulmões e disparar crises de tosse, bronquite e outros problemas, principalmente em pessoas com pré-disposição a isso. Com ozônio, esse risco diminui pois ele não modifica a química da água.

Se por um lado o cloro elimina por volta de 70 ou 75% das bactérias e outros microorganismos da água, o ozônio dizima praticamente 100% e de maneira muito rápida. Quando se adiciona cloro em uma piscina, é necessário deixá-la fechada aos usuários para que este produto faça efeito, não é? Com o ozônio, assim que ele atinge todo o volume de água da piscina, já se pode dá-la por limpa. Por ser tão rápido e seguro é que ele tem se tornado o queridinho das academias de natação por todo o país. Afinal, é um dia a mais de aulas! Que dono de academia não gosta disso? 😉

O investimento varia de acordo com o modelo do gerador de ozônio, que vai variar de acordo com o tamanho da piscina, mas pode-se fazer uma média de R$4.000,00. Não é impeditivo para este tipo de aparelho, menos ainda para os inúmeros benefícios que ele trará à qualidade da água e, por tabela, à saúde dos frequentadores. E é um investimento que será feito uma única vez – ao contrário do cloro, que deve ser adquirido periodicamente.

Um dia, nenhuma moça reclamará de ter entrado loira no clube e saído de lá com os cabelos verdes!