Água: difícil com, difícil sem
Já parou pra pensar como a água dá trabalho? É verdade que, sem ela, não há nem vida. Tudo que é vivo (pessoas, animais, plantas, fungos, etc.) nesse planeta depende da água de alguma forma, seja para hidratação, nutrição ou moradia. Mas, a não ser para os seres marinhos, a água tem uma medida certa. Se for a mais pode matar pelas enchentes e pela força das corredeiras, se for a menos também pode matar pela sede e desidratação. Ela precisa estar na quantidade e na qualidade correta.
No Brasil, vivemos a situação da falta e do excesso praticamente o ano todo. Ao longo de 2014, viu-se uma seca como há muitas décadas não ocorria. A água disponível nas represas e barragens estavam tão rasas que as bombas revolviam o leito dos reservatórios, obrigando a população a recorrer a filtros mais potentes que filtrassem por cartucho de polipropileno ao invés das clássicas velas de cerâmica. Ao mesmo tempo, no sul do país a chuva não parou durante o outono, o inverno e a primavera. Alagamentos, deslizamentos de terra e todo tipo de transtorno que o excesso de água provoca dominaram a região. É, a água às vezes parece ser assim, meio bipolar.
Seca na maior parte do país
2014 foi um ano histórico por vários motivos mas, se teve um que marcou de verdade foi a seca interminável que assolou o país. Desde fevereiro até meados de outubro, o que se viu foi o nível dos maiores reservatórios do Brasil diminuindo rapidamente dia após dia. A região sudeste, onde as estações são sempre muito bem demarcadas, ganhou cores marrons por todos os lados. Em muitos lugares, o índice pluviométrico registrado mal chegava aos 10% da média histórica – em outras palavras, não chovia nem um décimo do que costumava chover ali naquela época. Com os reservatórios em baixa, as estações de captação e tratamento de água não tinham o que extrair e tratar para depois distribuir pelas cidades. Sem água para bombear, a água que já estava dentro das tubulações subterrâneas não tinham pressão suficiente para chegar às residências. Começou a aparecer torneiras secas por todos os lados, especialmente nos bairros mais altos – na maioria das vezes, os mais carentes. Mas não demorou a haver falta d`água também nas regiões mais baixas.
Nesse momento, o posicionamento das empresas de tratamento de água e das prefeituras fez a diferença: as que começaram com esquemas de rodízio de fornecimento de água e racionamento mais cedo garantiram seus estoques por mais tempo sem sacrificar muito a qualidade de vida da população. Nas cidades onde nenhuma providência foi tomada previamente, o sofrimento foi tão grande que foi necessária a contratação de caminhões-pipa para tentar minimizar o transtorno.
A agricultura ficou violentamente prejudicada pois se mal havia água para o consumo humano, quem dirá para a irrigação. Algumas culturas, inclusive, tiveram perda de 100%. O resultado chegou ao bolso do consumidor final, que viu o preço de produtos alimentícios subir devido à falta de oferta. A pecuária também registrou perdas severas de cabeças de gado devido à seca, tanto por conseqüência direta (animais morrendo de sede) como indireta (falta de pasto para alimentar os animais).
Nessa época, a procura por caixas d`água aumentou dramaticamente – e por incrível que pareça (ainda que justificável, de certa forma), começaram a surgir furtos de caixas d`água e até mesmo da água que já estava estocada.
Sul do país debaixo d`água
Na região sul, o que se viu foi o inverso. Dia após dia, os noticiários traziam a mesma previsão os dias anteriores: chuva pesada sobre toda a região. A presença de uma massa de ar seco sobre a maior parte do país (inclusive sobre o sudeste) impedia que as frentes frias que normalmente vêm do sul chegassem ao sudeste e saíssem de sobre a região sul, fazendo com que toda a chuva se formasse e precipitasse ali mesmo. Foi como instalar uma enorme parede que não deixasse as nuvens “subirem” pelo Brasil. Esse evento é comum do país, mas da forma como aconteceu não se via há mais de 30 anos.
Durante o inverno rigoroso da região sul, as chuvas provocaram deslizamentos e inundações que afetaram, principalmente a população mais carente. Famílias inteiras precisaram improvisar barracos de lona e suportar noites chuvosas e com temperatura negativa ou perto disso. Por isso, o número de atendimentos médicos nos plantões aumentou enormemente.
Este excesso de chuva também atrapalhou muitas plantações, inclusive as de uva, que precisam de quantidades certas e chuva, seca e sol (e nesse ano, o que ela mais viu foi mesmo a chuva). Muitas outras culturas também foram prejudicadas, provocando um desequilíbrio na oferta de produtos alimentícios e por consequência um aumento nos preços.
Ainda que a situação tenha melhorado com a volta das chuvas, a situação em muitos lugares ainda não melhorou. Em São Paulo, o reservatório da Cantareira continua caindo diariamente pois as chuvas nem sempre caem sobre os mananciais que o abastecem – e a cidade continua sem aplicar rodízio ou racionamento, o que faz a quantidade de água a sair dos reservatórios seja maior do que a quantidade que entra.
E, segundo especialistas, é possível que 2015 seja tão problemático quanto 2014, ou até mais, já que a maioria dos reservatórios ainda está em recuperação. O índice de chuvas está longe da média histórica e, se quando a estação de chuvas acabar essa situação não tiver sido revertida, a seca do próximo ano será ainda mais intensa e devastadora do que a deste ano.
Realmente. A água precisa estar em equilíbrio.
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