Tecnologia a serviço da saúde

Quando lemos livros de história, vemos que muitas vezes, na história da civilização, povos inteiros foram dizimados por doenças consideradas muito simples nos dias atuais. Gripes e febres eram tratados com técnicas medievais como sangrias e banhos gelados (que ainda encontram algumas indicações médicas atualmente, mas poucas). Frequentemente, essas técnicas não surtiam efeito e os pacientes morriam de doenças que, hoje em dia, se resolveriam com um simples antitérmico.

O diabetes também era uma doença de difícil controle pois não haviam recursos para detectar o nível de açúcar no sangue, menos ainda a injeção de insulina. Hemodiálise, então, nem pensar! Pouco se sabia sobre a relação entre o diabetes e doenças secundárias como insuficiência renal, problemas na vista e no coração – apenas sabia que havia essa relação por observação: os pacientes diabéticos em geral apresentavam estas características. Hoje em dia, com o avanço notável da tecnologia e da medicina, existem medicamentos para praticamente todas as doenças (se não para a cura, ao menos para interromper seu avanço ou aumentar a qualidade de vida do paciente) e sistemas de filtros – inclusive com osmose reversa – dão conta de produzir o aparato necessário para purificar o sangue de pacientes com comprometimento renal grave.

Passos acelerados

A medicina, na verdade, é uma das áreas do conhecimento humano onde se notam os mais rápidos avanços nas tecnologias existentes e onde se percebem as maiores descobertas. Muito dos recursos destinados a pesquisas – recursos estes vindos do governo e de instituições de fomento – são destinados à pesquisa médica, seja no aprimoramento ou na criação de medicamentos novos, seja no desenvolvimento de aparelhagens e instrumentário mais avançado para auxiliar em cirurgias, seja no desenvolvimento de próteses cada vez mais avançadas e controláveis pelos pacientes. Ocasionalmente, acontece de uma tecnologia aparentemente incompatível com a Medicina acabar por encontrar ali um campo fértil de utilização. Um exemplo é a impressora 3D, inicialmente criada em 1985 para finalidades industriais que, de repente se viu aprimorada – muito aprimorada – por investidores e pesquisadores; até que, na década de 2010, se tornou a grande solução na fabricação de próteses, órteses, cartilagens, partes inteiras do crânio e implantes para vários órgãos do corpo.

Tratamentos de longa duração também foram beneficiados pelas constantes e incansáveis pesquisas científicas na área da medicina. Através do desenvolvimento de sistemas avançados de filtragem de água utilizando o sistema de osmose reversa, conseguiu-se água suficientemente pura para ser usada em aparelhos de hemodiálise – imprescindível para purificar o sangue de pacientes cujos rins não funcionam adequadamente pelos mais diversos motivos. Sem este nível de pureza, a água não é adequada para esta finalidade, podendo colocar a vida do paciente em maior risco do que se ele não passasse pelo tratamento.

Medicamentos em foco

Os medicamentos também encontraram nas pesquisas um caminho importantíssimo para auxiliar no tratamento das doenças na menor dosagem possível e com a menor incidência de efeitos colaterais. Com isso, consegue-se um ganho formidável na qualidade de vida dos pacientes e reduz-se a possibilidade de danos secundários provocados por princípios ativos ministrados em dosagens erradas ou ministrados erroneamente por falta de informação sobre ele.

A indústria farmacêutica se vale muito da medicina exercida décadas, séculos atrás pois as doenças eram tratadas também com plantas medicinais cujos efeitos terapêuticos foram aprendidos por observação (algumas certas, outras nem tanto). Assim, procuram entre as opções utilizadas naquela época os princípios ativos que podem ser isolados e utilizados, em dosagem devidamente pesquisada e testada, nos dias atuais.