Terra da garoa? me fala que eu vou

Não tem sido fácil pra ninguém a se acostumar aos novos padrões climáticos que temos enfrentado ao longo desse ano. Assim como nos últimos anos, as temperaturas têm se aumentado gradativamente, por volta de 2° a 4°C em relação as medições anteriores. Mas a grande diferença, fica por conta da forma como usamos para aguentar a esse grande calor que nos acompanha dia após dia. Muitos podem refrescar por alguns momentos, ou até melhorar a sensação do ambiente, mas o que realmente vai fazer a diferença, é a água.

Sim, essa mesma que compõe grande parte do nosso planeta e totalmente essencial no funcionamento de nosso corpo. O problema é que até aqui no Brasil, onde o clima tropical é predominante no território nacional, a falta dela tem se tornado constante. Não somente em alguns pontos específicos do país, como em algumas cidades do Norte-Nordeste, mas em grandes metrópoles a água vem se tornando cada vez mais ausente na rotina até por motivo de necessidade de economia.

Problema de todo mundo

Não é preciso nem falar que a culpa é de todos. Talvez pela falta de precaução antes do momento, ou por novas maneiras de substituir o uso desnecessário da água potável que entra a nossa casa. Mas o prejuízo sai muito maior do que o grande problema que já temos enfrentado em nossas represas. O cidadão tem cada vez mais problemas com a água que sai da torneira acompanhada com bastante cloro, as empresas que trabalham nesse meio que são prejudicados em vários sentidos (não somente a qualidade da água que também passará por um tratamento mais intenso, mas também com a série de medidas e processos que precisa tomar para usar a água que usa), sem falar nos animais que dependem diretamente dessas nascentes que estão secando para viver e se alimentar dos frutos da região.

A situação atual do Estado de São Paulo (ou a própria cidade de São Paulo, conhecida como “Terra da garoa”) pode resumir bastante o que é a realidade do país neste ano. Para os mais desinteressados pelo assunto, o problema pode simplesmente ser explicado pela falta de chuva que se estende em nosso território, mas isso não pode ser a resposta a partir do momento que os tempos de secas já são esperados com antecedência. Bem verdade que os períodos de chuva ficaram ausentes por mais tempo do que o esperado, mas as consequências de uma falta de estrutura dos últimos anos, realmente são gravíssimas.

O jeito é inovar

Algumas medidas se tornaram uma solução alternativa para diminuir o consumo excessivo da água, como campanhas de motivação financeira para abaixar a conta de água, ou a grande divulgação de métodos para economizá-la ao longo do dia. Mas nunca se sabe se a qualidade dessa água que hoje nos acompanha é confiável, e por isso, é melhor não se arriscar.

Para empresas, é melhor comprar cartuchos de polipropileno como forma de investir em uma água que esteja melhor tratada para sua utilização (para fins químicos, medicinais, etc.). Para o cidadão, o uso de filtros é totalmente essencial, além de se preocupar em seguir às recomendações dadas para a substituição da água potável em tarefas secundárias do dia a dia (lavar quintais, automóveis, etc.) e utilizar a água da chuva para fazer algumas atividades também. Para os animais, só nos resta cuidar do tratamento dessas nascentes e rios, para que os bichinhos não sintam a sua falta.

Portanto, é melhor que a reutilização comece a fazer parte de nossos planos, para que em um futuro não tão distante possamos novamente a apelidar São Paulo como a terra da garoa, e o Brasil como um país tropical.